HAMBURGO (Reuters) - O Banco Mundial anunciou neste sábado o lançamento de um programa público-privado de crédito destinando mais de 1 bilhão de dólares a empresárias de países em desenvolvimento, um projeto iniciado pela filha do presidente Donald Trump, Ivanka Trump.
A iniciativa revela o poderoso papel político que Ivanka Trump desempenha na Casa Branca, onde tem um trabalho formal como conselheira de seu pai e frequentemente se encontra com líderes mundiais, incluindo a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau.
De acordo com o Banco Mundial, o financiamento inicial de 325 milhões de dólares seria proveniente de doadores, incluindo Alemanha, Estados Unidos, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, e seria compensado por centenas de milhões de dólares em capital privado adicional.
"Este será o que esperamos um fundo de vários bilhões de dólares para apoiar as mulheres empresárias", disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, no lançamento que teve a participação de seis dos 20 líderes mundiais reunidos na cúpula do G20 em Hamburgo, além da diretora do FMI, Christine Lagarde.
"Este não é um projetinho bonito. Este será um dos principais impulsionadores do crescimento econômico no futuro ... e vai impulsionar a igualdade de gênero ao mesmo tempo", afirmou.
O programa, que pretende começar a conceder empréstimos antes do final do ano, trabalhará com os governos "para melhorar leis e regulamentações que sufocam as empresárias" e incentivar os bancos a liberar fundos para empresas de propriedade feminina.
Também será criada uma ferramenta de mentoria para conectar empresárias em países em desenvolvimento a conselheiras como Ivanka Trump, disse Kim.
As empresárias presentes no evento afirmaram que era importante abordar as barreiras legais que impedem as mulheres de empreender e limitam o acesso aos fundos.
(Por Andrea Shalal)