Por Jonathan Landay e Aram Roston
WASHINGTON (Reuters) - Uma batalha política a respeito de uma denúncia sobre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou-se nesta sexta-feira, com os democratas alertando sobre uma ameaça à segurança nacional e os republicanos transformando-a em um ataque a Joe Biden, um dos principais rivais políticos de Trump.
Trump classificou como um golpe partidário contra ele a alegação de um delator de dentro da comunidade de inteligência - relatada por várias organizações de notícias dos EUA - envolvendo as comunicações do presidente republicano com um líder estrangeiro.
A alegação de 12 de setembro foi centrada na Ucrânia, informou o Washington Post.
A Reuters não confirmou detalhes da denúncia. Mas uma fonte familiarizada com o assunto disse que se trata de "múltiplos atos" de Trump, não apenas um telefonema com um líder estrangeiro. A fonte solicitou anonimato devido à sensibilidade da questão.
Trump conversou com o presidente eleito recentemente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, menos de três semanas antes de a denúncia ser apresentada. Trump deve se encontrar com Zelenskiy durante reunião da Organização das Nações Unidas em Nova York.
A ligação de 25 de julho entre os líderes está sob investigação de três comitês liderados pelos democratas, que querem saber se Trump e seu advogado pessoal, Rudolph Giuliani, tentaram pressionar o governo ucraniano a ajudar na campanha de reeleição de Trump.
Giuliani disse à CNN na quinta-feira que pediu ao governo ucraniano que investigasse Hunter Biden, filho do ex-vice-presidente Biden, que está à frente no campo democrata para desafiar Trump nas eleições presidenciais de 2020.
Giuliani alegou que, como vice-presidente, Biden buscou a demissão de um promotor ucraniano que estava investigando os negócios de seu filho. Biden e seu filho negaram a acusação.
"Ninguém deu qualquer credibilidade para isso (acusação de Trump), ninguém. Por isso, não tenho nenhum comentário além de pedir ao presidente para começar a ser presidente", disse Biden a jornalistas.
(Reportagem adicional de David Morgan)