NAIRÓBI (Reuters) - Recém-nascidos e amamentados por sua mãe Bora, sob a vigilância de um elefante macho, elefantes gêmeos raros ingeriram alimentos que os conservacionistas esperam que lhes permita sobreviver a um perigoso começo de vida em um parque de safari no Quênia.
Ainda sem nome, o casal nasceu nesta semana na Reserva Nacional de Samburu, tornando-se o segundo par de filhotes gêmeos já encontrados pela instituição de caridade local Save the Elephants.
"Gêmeos representam cerca de 1% dos nascimentos. Muitas vezes as mães não têm leite suficiente para sustentar duas crias", disse o fundador da instituição de caridade, Iain Douglas-Hamilton, nesta quinta-feira.
A última vez que a Save the Elephants encontrou elefantes gêmeos foi em 2006.
"Infelizmente, ambos os filhotes morreram logo após o nascimento", disse Douglas-Hamilton. "Os próximos dias serão delicados para os novos gêmeos, mas todos estamos com os dedos cruzados para eles sobreviverem."
O elefante africano tem o período de gestação mais longo de qualquer mamífero vivo, cerca de 22 meses, e dá à luz a cada quatro anos aproximadamente.
Elefantes no Quênia e em outros países da África Subsaariana são cada vez mais vítimas de caçadores, que os matam para alimentar a demanda asiática por marfim para uso em remédios populares.
Mas o Ministério do Turismo do Quênia disse em 2020 que o número de elefantes no país mais que dobrou, de 16 mil em 1989 para 34 mil em 2018, graças à ampliação dos esforços contra a caça furtiva.