Por Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está criando um novo gabinete de prevenção à violência com armas para implementar as leis de segurança existentes e trabalhar com os Estados sobre o tema, disseram as autoridades nesta quinta-feira.
O novo gabinete será supervisionado pela vice-presidente Kamala Harris e administrado com a ajuda de importantes defensores da segurança das armas, disseram as autoridades aos repórteres em uma teleconferência.
"Continuarei a apelar ao Congresso que tome medidas de bom senso que a maioria dos americanos apoia, como a promulgação de verificações universais de antecedentes e a proibição de armas de assalto", disse Biden, em um comunicado.
"Mas na ausência dessa ação extremamente necessária, o Gabinete de Prevenção à Violência com Armas, juntamente com o restante do meu governo, continuará a fazer tudo o que puder para combater a epidemia de violência com armas que está destruindo nossas famílias, nossas comunidades e nosso país", disse ele.
Os democratas, como Biden, são amplamente favoráveis a leis mais rigorosas sobre armas como forma de reduzir as mortes por violência armada nas escolas e nas cidades de todo o país. Os republicanos, com o apoio de grupos de defesa dos direitos das armas, opõem-se em grande parte a leis mais rigorosas, citando o direito de portar armas estabelecido na Segunda Emenda da Constituição dos EUA.
Numa rara demonstração de suprapartidarismo sobre a questão, os republicanos e os democratas aprovaram um pacote de medidas modestas de segurança das armas no ano passado e Biden também editou decretos sobre a questão.
A criação do gabinete é uma vitória para os grupos de proteção contra a violência armada que estavam satisfeitos com o histórico de Biden na promoção de reformas, mas que queriam ver a Casa Branca fazer mais.
(Reportagem de Jeff Mason; reportagem adicional de Dan Whitcomb)