Por Steve Holland
FILADÉLFIA (Reuters) - O presidente Joe Biden, pressionado por líderes de direitos civis dos Estados Unidos, classificou na terça-feira como um "imperativo nacional" aprovar uma legislação de direito ao voto travada no Congresso, mas não delineou um caminho para superar a oposição republicana.
Diversos Estados controlados por republicanos estão aprovando novas restrições eleitorais neste ano, uma iniciativa incentivada por Donald Trump, o antecessor republicano de Biden.
Em um discurso inflamado feito em Filadélfia, cidade considerada o berço dos EUA, Biden, sem identificá-lo, mirou Trump e seus apoiadores devido às alegações falsas de que a eleição de 2020 foi roubada do ex-presidente republicano através de uma fraude generalizada.
"Então me ouçam claramente: existe um ataque acontecendo na América hoje, uma tentativa de suprimir e subverter o direito ao voto em eleições justas e livres", disse o democrata a uma plateia animada.
"A Grande Mentira é só isso: uma grande mentira", afirmou Biden, referindo-se às alegações infundadas de fraude de Trump e seus aliados.
A legislação de direito ao voto enfrenta uma batalha dura no Congresso, onde os colegas democratas de Biden são frustrados por senadores republicanos que a impediram até de ser debatida.
O foco de Biden no tema, ainda que a legislação fracasse, permite que ele anime os eleitores democratas enquanto seu partido trabalha para manter o controle do Congresso nas eleições de meio de mandato em 2022.
(Reportagem adicional de Susan Cornwell, Jeff Mason e Diane Bartz)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447759)) REUTERS ES