Por Jeff Mason e Rich McKay
NANTUCKET, Massachusetts (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira que seu governo está trabalhando com o FBI para combater os casos de ameaças de bomba e "swatting" feitas nesta semana contra parlamentares e vários indicados pelo presidente eleito norte-americano, Donald Trump, para o seu gabinete.
O termo "swatting" faz referência a um relato falso feito à polícia para trazer caos e medo e induzir resposta policial pesada e armada na casa de alguém. Especialistas dizem que se trata de uma forma de assédio que está sendo cada vez mais usada contra figuras públicas.
O deputado Seth Magaziner, um democrata de Rhode Island, disse nesta sexta-feira que recebeu uma ameaça de bomba na sua casa, um dia após outros seis parlamentares democratas de Connecticut terem reportado ameaças similares durante o feriado de Ação de Graças. As forças de segurança não encontraram evidências de explosivos, segundo os políticos.
Pete Hegseth, escolhido por Trump para se tornar secretário de Defesa, e Lee Zeldin, que chefiará a Agência de Proteção Ambiental, estão entre os que sofreram ameaças de bombas e tentativas de "swatting" entre terça e quarta-feira.
“Os deputados democratas não serão detidos ou intimidados por servirem ao povo por meio de ameaças violentas”, afirmou o líder da legenda na Câmara, Hakeem Jeffries, em comunicado publicado nesta sexta-feira.
Trump foi ferido em uma tentativa de assassinato na Pensilvânia em julho. Em outro incidente, em setembro, um homem foi acusado de tentativa de assassinato após supostamente ter se posicionado com um rifle perto de um dos campos de golfe de Trump na Flórida.
Biden, falando com repórteres nesta sexta-feira em Nantucket, Massachusetts, afirmou que espera conversar com Trump novamente durante a transição.
(Reportagem de Jeff Mason em Nantucket, Massachusetts, e Rich McKay em Atlanta)