Por Steve Holland
DUBLIN (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira que os investigadores estão se aproximando da fonte do vazamento de documentos de inteligência altamente confidenciais dos EUA, no que se acredita ser a violação de segurança mais grave em uma década.
O Departamento de Justiça abriu uma investigação criminal formal na semana passada, depois que o assunto foi encaminhado pelo Pentágono, que está avaliando os danos causados pela divulgação.
Alguns dos detalhes vazados mais sensíveis estão supostamente relacionados às capacidades e deficiências militares da Ucrânia e informações sobre aliados dos EUA, incluindo Israel, Coreia do Sul e Turquia.
A Reuters revisou mais de 50 dos documentos, rotulados como "Secret" e "Top Secret", mas não verificou de forma independente sua autenticidade. É provável que o número de documentos vazados seja superior a 100.
Vários países questionaram a veracidade de alguns dos documentos, incluindo o Reino Unido, que afirmou haver "um nível sério de imprecisão" nas informações.
Biden, em uma viagem de três dias pela Irlanda, disse não estar excessivamente preocupado com o vazamento.
"Há uma investigação completa acontecendo, como vocês sabem, com a comunidade de inteligência e o Departamento de Justiça, e eles estão chegando perto, mas não tenho uma resposta", afirmou Biden a repórteres.
A pessoa que vazou os documentos é um entusiasta de armas na casa dos 20 anos que trabalhava em uma base militar, informou o Washington Post na quarta-feira, citando membros de um grupo de bate-papo online.