Por Trevor Hunnicutt e Susan Heavey
WILMINGTON, Delaware (Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, escolheu na segunda-feira o diplomata de carreira William Burns para liderar a CIA enquanto o democrata se apressa para fechar a equipe de segurança nacional dias antes de sua posse.
Burns, que fala árabe e russo, foi embaixador em Moscou de 2005 a 2008 e liderou negociações secretas que abriram caminho para o acordo nuclear com o Irã em 2015 sob o ex-presidente democrata Barack Obama.
O governo Biden estaria disposto a retomar o acordo nuclear abandonado pelo presidente republicano Donald Trump e também punir o presidente russo Vladimir Putin por um ataque cibernético a agências governamentais dos EUA no ano passado. O Kremlin negou responsabilidade.
Burns, presidente do Carnegie Endowment for International Peace por quase cinco anos, também chefiará uma agência de aconselhamento a Biden sobre onde ele pode cooperar com a China e onde enfrentar a potência mundial em ascensão.
"Bill Burns é um diplomata exemplar com décadas de experiência no cenário mundial em manter nosso povo e nosso país seguros e protegidos", disse Biden em um comunicado anunciando Burns para a Agência Central de Inteligência.
Biden, que prometeu como candidato escolher uma equipe experimentada pronta para atuar no primeiro dia, não deve ter o conjunto completo na segurança nacional quando assumir o cargo em 20 de janeiro por causa de uma transferência de poder incomumente caótica. Trump tem contestado a vitória de Biden nas eleições de novembro com falsas alegações de fraude eleitoral e atrasou uma transição normal.
(Reportagem de Trevor Hunnicutt em Wilmington e Susan Heavey em Washington; Reportagem adicional de Mark Hosenball, Arshad Mohammed e Doina Chiacu)