Por Phil Stewart e Idrees Ali
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos Joe Biden pediu por um cessar-fogo no Líbano nesta segunda-feira, mas uma autoridade do governo dos EUA disse que a movimentação de soldados israelenses sugere que uma incursão terrestre contra os militantes do Hezbollah pode ser iminente.
Perguntado sobre os relatos de que tropas terrestres israelenses estavam se preparando para avançar no sul do Líbano, Biden disse aos repórteres que estava "confortável com eles (Israel) parando".
Vários assessores importantes reforçaram o pedido de cessar-fogo de Biden, pedindo por uma resolução diplomática da violência para permitir que dezenas de milhares de israelenses e libaneses desabrigados possam retornar para suas casas ao longo da fronteira.
Washington "vai continuar a trabalhar com nossos parceiros na região e em todo o mundo para promover uma resolução diplomática", disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em uma coletiva do Departamento de Estado.
Mas uma autoridade dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse que a posição das tropas israelenses, conforme observado pelos Estados Unidos, sugere que uma incursão terrestre no Líbano pode ser iminente.
A autoridade se recusou a comentar mais ou a fornecer detalhes sobre a posição das forças israelenses.
O pedido dos EUA por desescalada do conflito se segue a duas semanas de ataques aéreos israelenses e assassinatos de comandantes do Hezbollah, incluindo o líder do grupo apoiado pelo Irã, Sayyed Hassan Nasrallah, na sexta-feira.
Autoridades israelenses dizem que farão o que for necessário para retornar cerca de 70 mil cidadãos retirados das comunidades no norte de Israel depois que o Hezbollah, em 8 de outubro, começou ataques com foguetes em apoio a um ataque do Hamas contra Israel em Gaza no dia anterior.
Falando às tropas posicionadas ao longo da fronteira norte de Israel, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, insinuou uma iminente incursão terrestre.
"Usaremos todos os meios que possam ser necessários – suas forças, outras forças do ar, do mar e em terra. Boa sorte", disse Gallant.
O governo Biden teme que a morte de Nasrallah e novas ações militares israelenses possam desencadear um conflito regional mais amplo.
A embaixadora dos EUA na ONU pediu que continuassem os esforços diplomáticos para interromper a violência no Líbano e em Gaza.
"Queremos encontrar um caminho para a paz, para que palestinos e israelenses tenham segurança e que libaneses e israelenses vivendo na fronteira norte encontrem segurança e proteção também", disse a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, a repórteres.