Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, rejeitou privilégios executivos e determinou a liberação dos registros de visitação da Casa Branca ao painel que investiga o ataque violento do dia 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio de Washington, de acordo com uma carta publicada na quarta-feira.
Em uma carta ao Arquivo Nacional, a advogada da Casa Branca de Biden concedeu acesso aos investigadores parlamentares aos dados, por conta da urgência do trabalho de investigação sobre a violenta invasão do Capitólio por apoiadores de Trump, e ordenou que a agência entregue os registros dentro de 15 dias.
"O presidente determinou que a afirmação de privilégio executivo não está nos melhores interesses dos Estados Unidos, e portanto não é justificada em relação aos registros e partes dos registros", afirmou a conselheira da Casa Branca, Dana Remus, em carta datada do dia 15 de fevereiro.
Representantes de Trump, do Partido Republicano, não responderam a pedidos por comentários.
Biden, que é do Partido Democrata, rejeitou no ano passado a iniciativa de Trump de impedir o acesso dos Deputados do Comitê do 6 de Janeiro a documentos da época do governo do ex-presidente na Casa Branca. Tribunais federais também rejeitaram o processo de Trump tentando reter os registros.
Separadamente na quarta-feira, o fundador de uma milícia de direita acusado de conspiração para cometer sedição deve comparecer perante um tribunal para solicitar sua saída da prisão enquanto aguarda julgamento.
Até hoje, mais de 725 pessoas foram acusadas de participarem do ataque que deixou cinco pessoas mortas e mais de 100 policiais feridos. Outros quatro policiais envolvidos na defesa do Capitólio cometeram suicídio posteriormente.