Por Trevor Hunnicutt
(Reuters) - O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos Joe Biden visitou no domingo o local de um dos protestos que se espalharam pelos EUA e pediu que os manifestantes que clamam contra a brutalidade policial não recorram à violência.
Usando máscara, Biden fez sua segunda incursão para fora de sua casa no Delaware desde que a crise do coronavírus eclodiu em março, visitando uma área de Wilmington na qual manifestantes deram vazão à revolta causada pela morte de um homem negro que foi filmado sufocando enquanto um policial branco de Mineápolis se ajoelhava sobre seu pescoço.
Uma postagem de campanha no Instagram mostrou Biden conversando com moradores afro-norte-americanos e inspecionando edifícios cobertos de tábuas para evitar danos horas depois de emitir um comunicado dizendo que "somos uma nação com dor, mas não podemos permitir que a dor nos destrua".
"Protestar contra tamanha brutalidade é certo e necessário", disse Biden no comunicado, enviado por email pouco depois da meia-noite. "Mas incendiar comunidades e uma destruição desnecessária não é."
Biden enfrentará o presidente Donald Trump na eleição presidencial de 3 de novembro. O gerente da campanha de reeleição de Trump, Brad Parscale, havia dito no sábado que Biden deveria repudiar a violência de forma mais vigorosa.
Os comentários do democrata ecoaram um comunicado emitido no sábado por John Lewis, deputado da Geórgia e ativista proeminente dos direitos civis dos negros.
Lewis, que em 1965 foi espancado por policiais estaduais do Alabama até perder a consciência durante uma marcha pelo direito ao voto, pediu aos manifestantes para "serem construtivos, não destrutivos", mas disse que entende seu sofrimento.