NOVA YORK (Reuters) - Gautam Adani, presidente do conglomerado indiano Adani Group e uma das pessoas mais ricas do mundo, foi indiciado em Nova York por um suposto esquema de fraude multibilionário, disseram promotores dos Estados Unidos nesta quarta-feira.
As autoridades acusaram Adani e dois outros executivos da Adani Green Energy, seu sobrinho Sagar Adani e Vneet Jaain, de concordar, entre 2020 e 2024, em pagar mais de 250 milhões de dólares em subornos a funcionários do governo indiano para obter contratos de fornecimento de energia solar que deveriam render 2 bilhões de dólares em lucros.
Os promotores disseram que a empresa de energia renovável também levantou mais de 3 bilhões de dólares em empréstimos e títulos durante esse período com base em declarações falsas e enganosas.
Cinco outras pessoas foram acusadas de conspiração criminal relacionada, incluindo dois executivos de outra empresa de energia renovável e três funcionários de um investidor institucional canadense.
O Adani Group não respondeu imediatamente a pedidos de comentários fora do horário comercial na Índia, onde as acusações foram anunciadas na manhã da quinta-feira (horário local).
A embaixada da Índia em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
De acordo com os registros do tribunal, um juiz emitiu mandados de prisão para Gautam Adani e Sagar Adani, e os promotores planejam entregar esses mandados às autoridades policiais estrangeiras.
Gautam Adani tem um patrimônio de 69,8 bilhões de dólares, de acordo com a revista Forbes, o que o torna a 22ª pessoa mais rica do mundo.
(Reportagem de Luc Cohen e Jonathan Stempel em Nova York)