Por Humeyra Pamuk e David Brunnstrom
WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse nesta sexta-feira ter pedido a seu colega indiano que trabalhe com o Canadá para investigar o assassinato de um defensor separatista sikh, relacionado pelo primeiro-ministro canadense a agentes do governo indiano.
Antes, o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, confirmou que havia conversado com Blinken e com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, sobre as alegações canadenses do suposto envolvimento de Nova Delhi no assassinato de Hardeep Singh Nijjar, em junho, no Canadá.
Blinken teve um encontro com Jaishankar no Departamento de Estado na tarde da quinta-feira.
“Estamos muito preocupados com as alegações levantadas pelo Canadá, pelo primeiro-ministro Trudeau”, disse Blinken a jornalistas.
"Temos estado em contato próximo com o Canadá sobre isso e, ao mesmo tempo, contatamos o governo indiano e pedimos a ele para trabalhar com o Canadá em uma investigação", disse, acrescentando que repetiu o apelo na reunião com Jaishankar.
“Os responsáveis precisam ser responsabilizados e esperamos que os nossos amigos no Canadá e na Índia trabalhem juntos para resolver este assunto”, acrescentou Blinken.
Os laços entre a Índia e o Canadá ficaram seriamente tensionados após Trudeau dizer ao Parlamento que o Canadá suspeita que agentes do governo indiano estejam ligados ao assassinato.
O incidente colocou os Estados Unidos numa situação diplomática embaraçosa, entre o seu vizinho e aliado próximo, o Canadá, e a Índia, que Washington tem cortejado como parceiro-chave no esforço para resistir à expansão da influência chinesa.
(Por Humeyra Pamuk e David Brunnstrom)