Por Philip Pullella e Humeyra Pamuk
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco conversou com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, nesta segunda-feira, na esteira de uma decisão de bispos católicos dos Estados Unidos que pode levá-los a negar a comunhão ao presidente Joe Biden.
Mas não ficou claro se o tópico foi abordado nas conversas no Vaticano. Blinken se tornou a autoridade mais graduada do governo dos EUA a visitar o pontífice desde a posse de Biden, em janeiro.
Ele passou 40 minutos conversando em particular com o papa no Palácio Apostólico do Vaticano após uma reunião separada com o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, e o arcebispo Paul Gallagher, o ministro das Relações Exteriores do Vaticano.
A visita vem na esteira de uma conferência na qual bispos católicos dos EUA votaram pela elaboração de um comunicado sobre a comunhão que pode advertir políticos católicos que apoiam o direito feminino ao aborto mesmo se opondo pessoalmente à prática, como Biden.
Os bispos decidiram levar adiante o documento, a maioria desconsiderando um aviso do Vaticano de que ele seria altamente polarizador.
O tema não surgiu em comunicados do porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, e do Vaticano. Indagado especificamente em uma coletiva de imprensa mais tarde, Blinken desconversou.
Ele disse que o encontro com o papa foi "extremamente caloroso e muito abrangente", mas não respondeu diretamente, dizendo que política doméstica não é parte de seu emprego.
Price disse que, nas conversas com Parolin e Gallagher, Blinken debateu vários tópicos, incluindo direitos humanos e liberdade religiosa na China.