Por Jeffrey Heller e Stephen Farrell
JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não conseguiu garantir uma sólida maioria parlamentar na eleição desta terça-feira, mas um possível acordo com um político rival de direita poderia torná-lo vencedor, mostraram pesquisas de boca de urna na TV.
Depois de uma campanha na qual o premiê destacou a liderança de Israel na vacinação contra a Covid-19, a sobrevivência política de Netanyahu parece estar nas mãos de Naftali Bennett, um ex-ministro da Defesa e líder do partido de extrema-direita Yamina.
A centro-esquerda de Israel teve um desempenho melhor do que o esperado, de acordo com as pesquisas, mas também ficou aquém de uma maioria de 61 cadeiras no Parlamento de 120 membros.
Bennett vinha afirmando que não se juntaria ao líder mais provável do grupo de centro-esquerda, Yair Lapid, chefe do partido Yesh Atid.
Ex-aliado de Netanyahu que há muito tenta substituí-lo no comando, Bennett permaneceu evasivo sobre suas intenções de coalizão imediatamente após o fechamento das urnas eleitorais.
"Farei apenas o que for bom para o Estado de Israel", disse Bennett, segundo um porta-voz.
Netanyahu, de 71 anos, fez campanha com base em suas credenciais de liderança destacando um programa de vacinação que tem quase 50% dos israelenses já com as duas doses. As acusações de corrupção contra ele, em um julgamento em andamento, têm pesado em sua popularidade. Ele nega qualquer irregularidade.
(Reportagem adicional de Dan Williams e Maayan Lubell)