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Bolívia se divide após oposição pedir renúncia de Evo Morales e rejeitar auditoria

Publicado 01.11.2019, 22:10
© Reuters. .

Por Vivian Sequera e Daniel Ramos

LA PAZ (Reuters) - A oposição da Bolívia endureceu sua postura nos protestos de rua contra o presidente Evo Morales, ao pedir que o líder de esquerda renuncie e rejeitar uma auditoria internacional da eleição polarizadora que lhe rendeu um quarto mandato.

Morales, no poder há quase 14 anos, venceu a eleição de 20 de outubro com pouco mais dos 10 pontos de vantagem que precisava para uma vitória imediata, mas seu êxito foi ofuscado por uma polêmica depois que a contagem de votos foi interrompida durante um dia quando a eleição parecia rumar para um segundo turno.

Quando a contagem recomeçou, na esteira de uma queixa da oposição, de governos estrangeiros e de monitores eleitorais, ela mostrou uma forte tendência a favor de Morales, dando-lhes pouco mais que os votos necessários para evitar um segundo turno arriscado.

Apoiadores de Morales e do segundo colocado Carlos Mesa se chocaram nos protestos de rua. Duas pessoas morreram durante os tumultos de quarta-feira na província de Bispo Santistevan, no leste, as primeiras baixas de um impasse tenso que já dura quase uma quinzena.

Sob pressão, o governo deu sinal verde para a Organização dos Estados Americanos (OEA) auditar a votação na qualidade de monitora oficial do pleito. A auditoria começou na quinta-feira e deve levar cerca de duas semanas.

Mas a oposição agora quer mais, e Mesa se atém às alegações de fraude eleitoral.

As pessoas só querem "outra eleição sem Evo Morales", disse Francisco Dorado, vice-governador de Bispo Santistevan, à Reuters na quinta-feira.

Morales, ex-líder de plantadores de coca de 60 anos, diz que venceu a eleição honestamente. O ministro das Relações Exteriores, Diego Pary, desafiou a oposição nesta sexta-feira a apresentar provas de fraude à OEA.

"O que tem que ser demonstrado nesta auditoria é se houve fraude ou se não houve fraude", disse o chanceler, acrescentando que Mesa deveria ter sido capaz de coletar cópias de todas as tabelas de contagem de votos de seus delegados na seções eleitorais.

© Reuters. .

Nas ruas, os pedidos por novas eleições, e não um segundo turno, aumentaram, e manifestantes antigoverno pedindo que Morales deixe o cargo.

"Não nos cansaremos... até este governo sair", disse o plantador de coca Felix Quispe.

Mesa, que presidiu a Bolívia de 2003 a 2005, quase não se pronunciou desde o início da auditoria, mas nos últimos dias questionou-a e disse que um número considerável de votos deveria ser anulado.

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