LA PAZ (Reuters) - O presidente da Bolívia, Evo Morales, propôs nesta quarta-feira à sua colega chilena, Michelle Bachelet, encontrar dentro dos próximos cinco anos uma solução definitiva para o centenário conflito marítimo entre os dois países, recorrendo ao papa Francisco como garantidor do processo.
O Chile respondeu, no entanto, que o conflito está sendo revisado atualmente por uma corte internacional, e dispensou a opção de participação de terceiros na disputa bilateral.
Morales disse mais cedo em uma coletiva de imprensa que é favorável ao restabelecimento de relações diplomáticas com o Chile, e convidou Bachelet para viajar ao Vaticano para pedir a mediação do papa, que em uma recente visita à Bolívia afirmou que "o diálogo é indispensável" para resolver o conflito.
"Estamos de acordo em restabelecer as relações diplomáticas, para que em menos de cinco anos seja resolvido o tema de saída da Bolívia para o mar, uma saída para o oceano Pacífico com soberania e com um garantidor, o irmão papa Francisco", disse o mandatário boliviano.
Morales não se referiu à possibilidade de frear a demanda marítima interposta pela Bolívia na Corte Internacional de Justiça de Haia em abril de 2013.