BAGDÁ (Reuters) - Três atentados suicidas reivindicados pelo Estado Islâmico em Bagdá mataram pelo menos 80 pessoas nesta quarta-feira, disseram fontes policiais e hospitalares iraquianas, nos ataques mais mortais na capital iraquiana neste ano.
A segurança vem melhorando gradualmente em Bagdá, que uma década atrás era alvo de explosões diárias, mas a violência direcionada contra forças de segurança e civis ainda é frequente. Grandes explosões às vezes desencadeiam ataques de represália contra a comunidade minoritária sunita.
A luta contra o Estado Islâmico, que tomou cerca de um terço do território iraquiano em 2014, intensificou um conflito sectário de longa duração no Iraque, sobretudo entre os sunitas e a maioria xiita, que assumiu o poder após a invasão liderada pelos Estados Unidos em 2003.
A violência sectária ameaça minar os esforços apoiados pelos EUA para expulsar a facção militante de amplas áreas do norte e do oeste do país.
Os atentados de quarta-feira também podem intensificar a pressão sobre o primeiro-ministro Haider al-Abadi para resolver uma crise política que paralisa o governo por mais de um mês.
No primeiro ataque, um carro-bomba explodiu em um movimentado mercado na área xiita de Sadr City, matando 55 pessoas durante a hora do rush da manhã e ferindo 68.
Mais duas explosões ocorreram no final do dia. Um homem-bomba atacou um posto de controle de segurança em Kadhimiya, uma área do noroeste que abriga um dos locais mais sagrados do Islã xiita, matando 17 e ferindo mais de 30.
Outra bomba explodiu em um posto de controle em rua comercial num bairro predominantemente sunita do oeste de Bagdá, matando oito pessoas e ferindo 20.
(Por Kareem Raheem e Ahmed Rasheed)