CAIRO (Reuters) - Um homem-bomba suicida matou um civil e feriu 30 policiais quando tentou bater com um caminhão-tanque contra um quartel da polícia na cidade egípcia de al-Arish nesta terça-feira, de acordo com fontes da segurança, no mais recente de uma série de ataques na península do Sinai.
Em um segundo ataque, uma bomba na estrada explodiu perto de um posto de controle de Arish, ao sul, matando um oficial do Exército e ferindo outros três, afirmaram fontes da segurança.
A violência ocorre dias antes de uma conferência de investimento no balneário de Sharm el-Sheikh, 340 quilômetros ao sul de al-Arish, que o Egito espera projetar uma imagem de estabilidade e atrair bilhões de dólares.
Os ataques foram concentrados no Sinai Norte, epicentro da insurgência de militantes que buscam derrubar o governo do Cairo.
A polícia abriu fogo contra o caminhão-tanque, que explodiu antes de chegar ao quartel, disse o Ministério do Interior. Um civil que estava perto do local morreu e dois outros ficaram feridos na explosão, junto com os oficiais da polícia, disseram fontes da segurança e médicas.
"As forças de segurança estavam em alerta e repeliram (o veículo) atirando sem hesitar, o que levou à explosão e à morte do motorista", disse o Ministério do Interior em nota.
De acordo com a nota, era de conhecimento que o caminhão-tanque estava desaparecido e buscas estavam acontecendo quando o ataque aconteceu.
Não houve reivindicação de autoria imediata. Mas militantes islâmicos com base no Sinai mataram centenas de soldados e policiais desde que o Exército derrubou o presidente islâmico Mohamed Mursi em 2013 após protestos em massa contra seu governo.
Na segunda-feira, uma bomba matou três soldados egípcios no Sinai, uma grande área sem lei, fronteiriça com Israel e a Faixa de Gaza, que abriga um dos grupos islâmicos mais perigosos, o Província do Sinai.
Anteriormente conhecido como Ansar Bayt al-Maqdis, o grupo prometeu lealdade ao Estado Islâmico, grupo sunita extremista que controla grandes partes do Iraque e Síria.
(Reportagem de Yousri Mohamed em Ismaília; Reportagem adicional de Omar Fahmy e Mostafa Hashem)