WASHINGTON (Reuters) - O vocalista do U2, Bono, se juntou a diplomatas e especialistas em ajuda humanitária nesta terça-feira num apelo para que o Senado norte-americano dê apoio a um “Plano Marshall” para fornecer ajuda ao Oriente Médio, semelhante à enorme assistência que os Estados Unidos deram para a Europa depois da Segunda Guerra Mundial.
"Ajuda em 2016 não é caridade, é segurança nacional”, disse a estrela do rock, que também é um ativista contra a pobreza, a um subcomitê do Senado norte-americano que monitora ajuda externa.
"Isso pode ser o melhor bastião que nós temos contra o extremismo violento”, disse Bono.
O senador republicano Lindsey Graham, presidente da comissão do Senado, e alguns outros parlamentares têm pedido um programa de ajuda de bilhões de dólares para lidar com a crise no Oriente Médio e atender as necessidades de milhões de refugiados que escapam da violência na Síria, Iraque e outros países.
Eles argumentaram que derrotar o Estado Islâmico e outros grupos militantes, e prevenir o surgimento de novas associações do tipo, vai requerer ajuda humanitária e desenvolvimento econômico, incluindo comércio e programas de empréstimos.
"Eu sou bem combativo, mas eu aprendi há muito tempo que você não vai ganhar essa guerra matando terroristas”, afirmou o cantor.
Bono, um dos fundadores da organização de ajuda internacional ONE, tem feito lobby em Washington e em outras capitais globais por várias causas, incluindo alívio de dívida, combate à pobreza global e a luta contra a Aids.
(Por Patricia Zengerle e Lesley Wroughton)