ASSUNÇÃO (Reuters) - O Brasil anunciou nesta sexta-feira o início de um processo de extradição contra um ex-prefeito paraguaio acusado de ordenar o assassinato de um jornalista, afastando a possibilidade de deportá-lo como pediam autoridades de Assunção.
Vilmar Acosta, ex-prefeito do distrito paraguaio de Ypejhú, foi detido na semana passada no Mato Grosso do Sul, após permanecer foragido por cinco meses.
Acosta é acusado de ser o autor intelectual do assassinato do jornalista paraguaio Pablo Medina, correspondente do jornal local ABC no departamento de Canindeyú, e de seu assistente de 19 anos num ataque de rua em outubro do ano passado.
O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, disse na capital paraguaia que a chancelaria comunicou ao Paraguai sobre a decisão da Justiça de ordenar a prisão preventiva com fins de extradição.
"Com essa comunicação, abrem-se os prazos para que o governo paraguaio, por meio da embaixada, mande todas as informações para prosseguir com a extradição segundo os termos dos acordos bilaterais e do Mercosul", assegurou o ministro.
O Paraguai esperava que Acosta, que pertencia ao Partido Colorado e deixou o cargo de prefeito após o assassinato para fugir ao Brasil, fosse deportado para agilizar seu retorno ao país, onde também deve responder por outros crimes.
Antes de sua morte, Medina investigava as ligações do ex-prefeito e sua família com o narcotráfico numa região de elevada produção de maconha.
(Reportagem de Mariel Cristaldo) 2015-03-13T201231Z_1006940001_LYNXMPEB2C0Z3_RTROPTP_1_MUNDO-PARAGUAI-EXTRADICAO-PREFEITO.JPG