👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Brigadas combatem chamas em meio a pior início de temporada de incêndios na Amazônia em 20 anos

Publicado 09.08.2024, 18:13
© Reuters

Por Brad Haynes

APUÍ, Amazonas (Reuters) - As brigadas de incêndio na Amazônia estão lutando contra as chamas em meio ao pior início de temporada de incêndios na floresta tropical brasileira em 20 anos, de acordo com dados de satélite do governo, após uma seca recorde agravada pelo aquecimento global.

A fumaça cobria o horizonte nesta sexta-feira ao longo da Rodovia Transamazônica, nos arredores da cidade de Apuí, sul do Estado do Amazonas, onde os brigadistas se reuniram após viagens de até 600 km para combater os incêndios excepcionalmente precoces e intensos deste ano.

Os brigadistas, vestindo roupas de proteção amarelas brilhantes, trabalharam durante a noite para sufocar as chamas usando pulverizadores de água montados nas costas ou sopradores de folhas, à medida que enormes incêndios avançavam sobre florestas e pastagens, deixando uma vasta extensão carbonizada em seu rastro.

Os incêndios que ameaçam a Amazônia podem representar um duro teste para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apostou sua reputação global na gestão ambiental do Brasil antes de o país sediar a cúpula climática COP30 da Organização das Nações Unidas na cidade amazônica de Belém no próximo ano.

Os incêndios que atingem Apuí e outras cidades da Amazônia geralmente começam em fazendas de gado onde os produtores estão convertendo a mata em pasto. As condições extremamente secas do ano passado facilitaram o avanço das chamas na floresta tropical, que raramente queima em condições normais.

"A maneira como o clima está mudando, ficando mais seco e mais quente, ano após ano estamos vendo o fogo entrar mais profundamente na floresta virgem", disse Domingos da Silva Araújo, chefe local da brigada Prevfogo, do governo federal, que combate incêndios florestais em torno de Apuí. A área é uma caixa de fumaça depois de mais de um mês sem uma gota de chuva, disse ele.

A área queimada na Amazônia brasileira quase dobrou nos primeiros sete meses de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo a maior área desde 2004, de acordo com dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os incêndios consumiram uma área de 26.246 quilômetros quadrados no período -- aproximadamente o tamanho de Ruanda, na África.

Espera-se que as condições só piorem, pois os incêndios na Amazônia normalmente atingem o pico em agosto e setembro, antes da chegada das chuvas sazonais.

As chuvas do ano passado chegaram tarde e foram mais fracas do que o normal devido ao fenômeno climático El Niño, que foi agravado pela mudança climática, dizem os cientistas, deixando a floresta tropical especialmente vulnerável aos incêndios deste ano.

Os mesmos fatores levaram as queimadas no Pantanal a um recorde em junho, segundo dados do Inpe, o que levou Lula a convocar uma força-tarefa emergencial do governo para limitar os danos a esse bioma.

© Reuters. Brigadista do Ibama combate chamas na floresta amazônica em Apuí, no Amazonas
08/08/2024
REUTERS/Adriano Machado

Embora Lula tenha feito a promessa de acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia, um estudo divulgado esta semana indicou que o fogo pode liberar mais dióxido de carbono, contribuindo para o aquecimento global.

Após as primeiras vitórias na luta contra a extração ilegal de madeira da Amazônia, Lula agora enfrenta uma tarefa mais difícil para acabar com o desmatamento.

Em julho, o desmatamento na Amazônia brasileira aumentou em relação ao ano anterior pela primeira vez em 15 meses, de acordo com dados preliminares do Inpe divulgados esta semana. O governo enfatizou que o desmatamento ainda está 27% menor no ano até o momento, em comparação com os primeiros sete meses de 2023.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.