Por Nidal al-Mughrabi
GAZA (Reuters) - Aviões de guerra israelenses bombardearam alvos do Hamas no enclave palestino de Gaza, na manhã desta sexta-feira, depois que os militares de Israel disseram que militantes dispararam dois foguetes na direção da cidade de Tel Aviv.
Os ataques aéreos, os mais intensos na região em cinco meses, atingiram cerca de 100 alvos militares pertencentes ao Hamas, o grupo islâmico que controla Gaza, disseram os militares.
Entre os alvos estavam uma instalação de fabricação de foguetes, um posto naval, uma instalação de armas e uma filial do Hamas, informaram.
A mídia palestina relatou ataques na faixa litorânea densamente povoada, que abriga 2 milhões de palestinos. Quatro pessoas ficaram feridas, segundo autoridades do Ministério da Saúde.
Os militares de Israel acusaram o Hamas de disparar foguetes de Gaza rumo a Tel Aviv -- a primeira vez em que a cidade costeira foi alvejada desde a Guerra de Gaza de 2014.
Mas o Hamas negou a responsabilidade, e a mídia israelense, incluindo o Ha'aretz e o Channel 7 News, mais tarde noticiaram que os foguetes podem ter sido lançados por engano.
Uma autoridade de segurança a par da situação, que não quis ser identificada por nome ou nacionalidade, disse à Reuters que os disparos foram "resultado de um erro -- que não se intencionou um ataque a Israel. Israel responsabiliza o Hamas, daí a reação".
Os disparos mútuos foram os mais sérios desde a incursão fracassada de um comando israelense em Gaza em novembro.
Na sequência desse episódio, dezenas de ataques aéreos israelenses mataram sete palestinos, ao menos cinco deles atiradores, e destruíram vários edifícios.