PSKOV/MOSCOU (Reuters) - As pessoas estão buscando lagos para se refrescarem de uma onda de calor que assola o oeste da Rússia, elevando as temperaturas de Moscou a altas recordes.
As temperaturas diurnas da capital devem chegar a entre 30 e 35 graus Celsius nos próximos dias, e em três dias desta semana podem superar altas recordes que se mantêm desde 1936, 1951 e 2010, relatou a agência de notícias RIA.
Em Pskov, cidade do oeste russo próxima da fronteira com a Estônia, uma praia junto a um lago ficou lotada de famílias fugindo do calor opressivo no final de semana.
"As pessoas estão sofrendo, sofrendo mesmo! Elas esperam até a noite pelo final do dia de trabalho e depois vão direto para o lago", contou Iskak, um morador que não quis informar o sobrenome.
No mês passado, a temperatura do ar em Moscou chegou a 34,8ºC, a mais quente já registrada no mês de junho em 142 anos de monitoramento, disseram as autoridades climáticas municipais, segundo citação da agência de notícias Interfax.
Nesta segunda-feira, a temperatura moscovita atingiu os 31ºC. Um urso polar cochilou na sombra no zoológico, e jardineiros lamentaram ver plantas ressequidas nos jardins botânicos da capital.
Pavel Konstantinov, meteorologista da Universidade Estatal de Moscou, disse que a onda de calor foi causada por "um anticiclone bloqueador" vindo da Escandinávia.
"O aumento da frequência de eventos climáticos perigosos, e em particular ondas de calor, acompanha inevitavelmente o aquecimento global", disse ele à Reuters.
(Por Dmitry Turlyun)