LONDRES (Reuters) - A Grã-Bretanha aceitaria a permanência do presidente sírio, Bashar al-Assad, no cargo durante um eventual período de transição, mas ele não pode continuar no poder no longo prazo, disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron, nesta terça-feira.
"O que a América está dizendo, e com o que concordo, é que é necessária uma transição, mas o que está claro a esse respeito é que no final disso Assad não pode ser o líder da Síria", declarou Cameron à rede de televisão CBS. "Não funcionaria, porque não seria possível derrotar o Estado Islâmico se esse cara ainda estiver governando o país".
"Assad é um dos sargentos que recrutam para o Estado Islâmico".
Os Estados Unidos e a Rússia concordaram em procurar uma saída diplomática para a guerra civil síria, mas discordam sobre a questão central da continuidade de Assad no posto.
"Até agora, o problema tem sido que a Rússia e o Irã não têm se mostrado capazes de contemplar o estado final da Síria sem Assad", afirmou Cameron, acrescentando que irá trabalhar com todo e qualquer país para derrotar os militantes do Estado Islâmico.
(Por Guy Faulconbridge)