Por Ayman al-Warfalli
BENGHAZI, Líbia (Reuters) - Forças da parte oriental da Líbia vão investir no avanço sobre a capital Trípoli, disse neste sábado o presidente do parlamento do país dividido, apesar do clamor internacional pela contenção de uma ofensiva que ameaça vidas civis.
As declarações do político ocorrem num momento em que novos confrontos afligem a periferia sul de Trípoli, onde as forças orientais tem sido enfrentadas por grupos aliados ao primeiro-ministro Fayez al-Serraj, governante reconhecido pela comunidade internacional.
Na semana passada, em seguida a um desentendimento entre França e Itália sobre como lidar com o conflito, a União Europeia aprovou um comunicado em que pediu ao Exército Nacional da Líbia que interrompa a ofensiva.
O presidente do parlamento baseado no leste do país, porém, disse que intensificaria a ofensiva lançada na semana passada sob o comando militar de Khalifa Haftar, na mais recente batalha de um conflito cíclico que remonta à queda de Muammar Gaddafi, em 2011.
“Precisamos nos livrar das milícias e dos grupos terroristas”, disse Áquila Saleh, presidente a Câmara dos Deputados e aliado de Haftar, usando as palavras normalmente empregadas pelas autoridade do leste para se referir às forças aliadas do governo de Trípoli, que dependem do suporte de diversos grupos armados.
“Nós garantimos aos moradores de Trípoli que a campanha para libertar Trípoli será limitada e não violará qualquer liberdade, mas restaurará a segurança e lutará contra o terrorismo”, disse Saleh a parlamentares durante uma sessão em Benghazi, principal cidade do Leste.