Por Steve Scherer e David Ljunggren
OTTAWA (Reuters) - O Canadá classificou o grupo de extrema-direita Proud Boys como uma entidade terrorista nesta quarta-feira, com a justificativa de que ele apoia a violência abertamente e desempenhou um "papel central" no ataque ao Capitólio norte-americano em 6 de janeiro, que deixou cinco mortos.
Qualificando-o como uma "organização neofascista", o Ministério da Segurança Pública canadense disse que os Proud Boys "incentivaram, planejaram e realizaram abertamente atividades violentas contra aqueles que consideram ser opostos à sua ideologia e crenças políticas".
O fundador do grupo, Gavin McInnes, é canadense, mas hoje mora nos Estados Unidos.
Para uma entidade ser rotulada como terrorista no Canadá, é preciso haver "motivos razoáveis para acreditar" que o grupo participou de ou facilitou conscientemente atividades terroristas, ou que agiu conscientemente em associação com outro grupo.
Estar na lista significa que os bens do grupo podem ser congelados por bancos ou instituições financeiras e que se torna um crime para um canadense lidar conscientemente com bens da entidade listada, disse uma autoridade graduada.
Qualquer um que pertença ao grupo também pode ser impedido de entrar no país.
Surgidos em 2016, os Proud Boys começaram como uma organização que protestava contra o politicamente correto e as supostas restrições à masculinidade nos EUA e no Canadá, e se tornaram um grupo que adotou as cores amarelo e negro e os confrontos de rua.