(Reuters) - O candidato a presidente da Fifa príncipe Ali bin Al Hussein não tinha a intenção de concorrer ao mais alto cargo do futebol, mas se sentiu compelido por colegas dirigentes ansiosos por mudanças na entidade.
O membro da realeza jordaniana, de 39 anos, anunciou sua candidatura este mês e disse à rede australiana SBS que o amor pelo esporte o levou a se colocar como alternativa a Joseph Blatter, em busca de seu quinto mandato como presidente da Fifa, e ao francês Jérôme Champagne nas eleições de maio.
"Não é algo que eu idealmente gostaria de fazer, mas obtive bastante encorajamento de muitas pessoas ao redor do mundo que realmente se importam com o esporte, não somente de representantes de países como de jogadores", disse Ali nesta sexta-feira.
"E então depois de muito refletir e tudo mais eu decidi ‘OK, vamos lá. Vamos fazer.' Não é algo que eu queira fazer por muito tempo, mas realmente penso que é um dever com todos os apaixonados pelo esporte ao redor do mundo, trazer esta organização de volta", acrescentou.
O vice-presidente da Fifa e presidente das federações da Jordânia e Ásia Oriental, que conta também com o apoio do presidente da Uefa, Michel Platini, não revelou nenhuma promessa específica de campanha, mas ressaltou a necessidade de uma maior transparência na entidade.
Ele voltou a pedir que seja trazido a público ainda antes da eleição o relatório do promotor Michael Garcia, responsável pela investigação sobre irregularidades nos processos de escolha das sedes da Copa do Mundo em 2018 e 2020.