BUENOS AIRES (Reuters) - O candidato governista Daniel Scioli liderava as eleições primárias na Argentina após a apuração de mais de 80 por cento das seções eleitorais, de acordo com contagens divulgadas nesta segunda-feira, embora com um resultado não suficiente para evitar o segundo turno, caso seja repetido nas eleições presidenciais de outubro.
Com 86 por cento das seções contabilizadas, Scioli – que é o atual governador da Província de Buenos Aires, a mais populosa – possuía 37,8 por cento dos votos, seguido pelo prefeito da capital argentina, o oposicionista Mauricio Macri, cuja chapa somava 30,7 por cento.
"Estamos onde acreditávamos que iríamos estar", disse a jornalistas o chefe de gabinete do governo, Aníbal Fernández, que também é candidato da situação na disputa interna pelo governo da Província de Buenos Aires, onde vive cerca da metade da população argentina.
As eleições primárias são consideradas um termômetro para o pleito presidencial de 25 de outubro. Analistas acreditam que será difícil para Scioli conseguir a vitória no primeiro turno. Para isso, seria necessário obter 45 por cento dos votos ou 40 por cento com uma margem de 10 pontos sobre o adversário mais próximo.
Caso se mantenha a tendência, o sucessor da presidente Cristina Kirchner será definido no segundo turno, em novembro.
(Reportagem de Walter Bianchi e Maximiliano Rizzi)