QUITO (Reuters) - Os candidatos à Presidência do Equador iniciaram suas campanhas para o segundo turno das eleições, que acontece no dia 11 de abril e que irá determinar se o país andino vai manter suas políticas de livre mercado dos últimos quatro anos ou se retorna ao socialismo da década anterior.
O economista de esquerda Andrés Arauz e o banqueiro conservador Guillermo Lasso buscam conquistar os eleitores que apoiaram no primeiro turno, no dia 7 de fevereiro, mais de uma dezena de candidatos com posições políticas das mais diversas.
Embora Arauz tenha batido Lasso no primeiro turno por mais de 10 pontos percentuais, nenhuma pesquisa foi ainda publicada para indicar como eles se sairão em abril, e muitos dos eleitores do país ainda estão indecisos.
Os equatorianos estão cansados das medidas de austeridade ligadas a um pacote do Fundo Monetário Internacional (FMI) que acrescentou ainda mais dificuldades para uma situação já complicada causada pela pandemia de coronavírus no ano passado.
O atual presidente, Lenín Moreno, que bateu Lasso no segundo turno em 2017, não está buscando a reeleição.
Arauz, um discípulo do ex-presidente Rafael Correa, prometeu dar 1.000 dólares para ao menos um milhão de famílias pobres, e agora oferece benefícios para os mais jovens, incluindo empregos, bolsas de estudo e acesso gratuito à internet.
Lasso, que já foi candidato por três vezes, prometeu negociar com o líder indígena Yaku Pérez, que ficou em terceiro lugar, pouco atrás do banqueiro, no primeiro turno das eleições.
(Reportagem de Alexandra Valencia)