Por Raphael Satter e Aram Roston
WASHINGTON (Reuters) - Filas de picapes, SUVs e motos buzinando e balançando bandeiras para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão levantando questões de segurança, afirmam especialistas eleitorais, principalmente no último dia de votações do país.
Uma das caravanas, conhecidas como "Trump Trains", gerou um confronto em uma rodovia perto de Austin, Texas, na sexta-feira, quando cercou um ônibus de campanha do candidato democrata Joe Biden, e um de seus membros alegadamente colidiu na lateral de um carro, levando à uma investigação do FBI.
No domingo, uma caravana de Trump em Richmond, Virgínia, saiu da estrada para trafegar pela grama perto do Monumento Lee, disse a polícia de Richmond no Facebook. Membros supostamente atacaram uma mulher com spray de pimenta, informou a polícia.
Uma série de caravanas estão planejadas para esta terça-feira, dia oficial das eleições nos EUA, de acordo com publicações no Facebook e entrevistas com os organizadores. Especialistas em segurança eleitoral dizem estar preocupados que os comícios possam infringir leis, intimidar eleitores ou se transformar em confrontos violentos.
"O ocorrido em Austin mostra que não é apenas barulho", disse Michael Greenberger, diretor do Centro de Saúde e Segurança Interna da Universidade de Maryland.
"Essa perturbação amanhã será o tipo de coisa que não vimos em nossas eleições anteriores", afirmou ele na segunda-feira.
A maioria dos eventos dos "Trump Trains" transcorreu pacificamente, e os três organizadores com quem a Reuters falou na segunda-feira enfatizaram que condenam o que aconteceu no Texas.
(Por Raphael Satter e Aram Roston)