CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O cardeal canadense Marc Ouellet negou nesta sexta-feira acusações de agressão sexual feitas contra ele por uma mulher que disse que a agressão ocorreu há mais de uma década, quando ele era arcebispo de Quebec.
"Nego firmemente ter feito gestos inapropriados contra ela e considero difamatória a interpretação e disseminação dessas acusações", disse Ouellet em comunicado.
Ouellet, importante autoridade do Vaticano, foi nomeado no início desta semana em uma ação coletiva contra a arquidiocese católica de Quebec que alegava casos de agressão sexual por cerca de 88 clérigos e funcionários que trabalharam lá a partir de 1940.
No processo na Corte Superior de Quebec, uma anônima alegou que Ouellet a tocou de forma inadequada e fez comentários que a deixaram desconfortável entre 2008 e 2010, quando ela era estagiária na casa dos 20 anos na arquidiocese.
O Vaticano anunciou na quinta-feira que, após uma revisão interna preliminar das acusações, o papa Francisco decidiu que não havia provas suficientes para abrir uma investigação da Igreja sobre as alegações.
Ouellet, fazendo seu primeiro comentário público sobre o caso, disse que contestará as acusações se a ação coletiva for iniciada.
"Caso seja aberto um inquérito civil, pretendo participar ativamente dele para que a verdade seja apurada e minha inocência reconhecida", afirmou.
(Reportagem de Philip Pullella)