Por Daniel Trotta e Jonathan Allen
NOVA YORK (Reuters) - Um ex-veterano da Marinha norte-americana chocou seu carro contra pedestres nesta quinta-feira na lotada Times Square (NYSE:SQ), em Nova York, matando uma mulher de 18 anos e ferindo 22 pessoas, em incidente que autoridades disseram não haver indicativos de que teria sido um ato de terrorismo.
Testemunhas afirmaram que o motorista invadiu a calçada em um sedã Honda e acelerou por mais de três quarteirões, derrubando pessoas antes de o carro atingir um poste e parar na 45ª Street com Broadway, no centro de Manhattan.
A polícia levou o motorista sob custódia e identificou o homem como Richard Rojas, de 26 anos e da região do Bronx, em Nova York. A polícia informou que ele havia sido preso duas vezes por dirigir embriagado em 2008 e 2015 e uma vez anteriormente neste mês por ameaça.
Não houve indicativos de que foi um ato de terrorismo, disse o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, durante entrevista coletiva no local.
Relatos iniciais do incidente lembravam ataques com veículos contra pedestres, vistos nos meses recentes no Reino Unido, França, Alemanha, Israel e Suécia.
“As pessoas estavam sendo atingidas e rolando por cima do carro”, disse Josh Duboff, que trabalha próximo ao local. Ele declarou que saiu do caminho para evitar ser atingido.
O corpo de uma mulher estava coberto com um lençol ensanguentado. Sapatos estavam jogados pela calçada.
Centenas de milhares de pessoas, muitas delas turistas, passam diariamente pela Times Square, coração do distrito de teatros da Broadway.
As ruas movimentadas são fortemente patrulhadas por policiais, alguns à cavalo. Muitas, mas nem todas, as calçadas são protegidas com barricadas e canteiros de plantas por temores de ataques com veículos.
O incidente ocorreu próximo ao meio-dia, no horário local, em um dia ensolarado. Imagens das câmeras de segurança mostravam o veículo atingindo pedestres, que momentos antes estavam passeando. Alguns carregavam bolsas de lojas e outros empurravam carrinhos de bebês.
Um porteiro do restaurante Planet Hollywood e um bilheteiro estavam entre os que ajudaram a polícia a capturar o suspeito quando ele tentou fugir do local, segundo relatos da mídia.
Registros de tribunal indicam que Rojas também foi preso em uma base naval em Jacksonville, na Flórida, em setembro de 2012, após gritar “minha vida acabou” e ameaçar matar policiais.
Após o incidente desta quinta-feira, autoridades isolaram uma área das ruas 41ª até a 47ª e da 6ª avenida até a 8ª avenida por diversas horas, fechando uma das partes mais movimentadas de uma das cidades mais movimentadas do mundo.
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765)) REUTERS TR