Por Abdul Qadir Sediqi e Rupam Jain
CABUL (Reuters) - Pelo menos sete pessoas morreram e 55 ficaram feridas depois que um suicida explodiu um carro-bomba em um quartel-general da polícia no norte do Afeganistão, neste domingo, e autoridades disseram que conflitos entre homens armados e forças de segurança continuaram durante horas.
Uma autoridade do Ministério do Interior em Cabul afirmou que o suicida explodiu um veículo Humvee carregado de explosivos no portão de entrada do quartel-general de polícia na cidade de Pul-e-Khumri.
“Pelo menos sete civis e oficiais de segurança foram mortos. Nós recebemos corpos de mulheres e crianças”, disse Abdul Aleem Ghafari, vice-diretor de saúde da província em Pul-e-Khumri.
Um membro do conselho provinciano de Baghlan disse que conflitos estavam em andamento e que buscou o deslocamento imediato de forças de segurança de províncias vizinhas.
“Os conflitos não terminaram”, disse Assadullah Shahbaz.
O Taliban, que busca restaurar um regime com rígidas leis islâmicas, reivindicou responsabilidade pelo ataque.
“Outros soldados do Taliban estão atualmente lutando com forças afegãos”, disse o porta-voz do Taliban, Zabihullah Mujahid.
Nasrat Rahimi, porta-voz do Ministério do Interior em Cabul, disse que vários soldados do Taliban conseguiram penetrar o quartel-general da polícia.
“Dois dos terroristas foram mortos e operações estão em andamento para eliminar militantes engajados em um tiroteio com forças afegãs”, disse Rahimi.
O Taliban frequentemente captura veículos blindados Humvee, fabricados pelos EUA, de forças afegãs para carregá-los com explosivos e usá-los como carros-bombas para violar fortificações militares.
Eles estão realizando mais ataques contra instalações de segurança, mesmo enquanto mantêm conversas diretas com oficiais americanos para encerrar a guerra no Afeganistão.
O grupo radical islâmico tem influência em mais território do que em qualquer outro momento desde sua derrocada pelas mãos de tropas lideradas pelos Estados Unidos, depois dos ataques de 11 de setembro em 2001 nos EUA.
O grupo rejeitou apelos feitos na semana passada pelo presidente afegão, Ashraf Ghani, e pelo enviado especial dos Estados Unidos pela paz no Afeganistão, Zalmay Khalilzad, para declarar um cessar-fogo no conflito de 17 anos.
O diplomata norte-americano Khalilzad, nascido no Afeganistão, lidera a sexta rodada de discussões com o Taliban em Doha para buscar um acordo que leve à retirada de forças estrangeiras em troca de garantias de segurança do grupo.