BAGDÁ (Reuters) - Dois carros-bomba em Bagdá mataram ao menos 14 pessoas nesta quinta-feira, disseram médicos a polícia, como parte de um aumento da violência na capital iraquiana no momento em que forças apoiadas pelos Estados Unidos tentam expulsar militantes do Estado Islâmico da cidade de Mosul, ao norte.
O Estado Islâmico reivindicou a autoria da primeira explosão, que aconteceu na região de Al-Obeidi no horário de pico pela manhã, matando seis pessoas e ferindo 15.
O grupo sunita ultrarradical disse que tinha como alvo muçulmanos xiitas, que considera infiéis.
A segunda explosão aconteceu no bairro central de Bab al-Moadham, perto de um posto de segurança, matando oito pessoas. Não houve reivindicação de responsabilidade de imediato. As duas bombas foram deixadas em carros estacionados.
Mais de 60 pessoas foram mortas em Bagdá em ataques ao longo da última semana, à medida que o Estado Islâmico intensifica sua campanha de violência na capital enquanto a aliança militar que luta ao lado das forças iraquianas expande seus avanços contra o grupo militante em Mosul.
Mosul é o último grande reduto do Estado Islâmico no país. O grupo perdeu a maior parte do território que havia conquistado no norte e no oeste do Iraque em 2014, e ceder Mosul representaria provavelmente o fim de seu autodeclarado califado.
O general Talib Shaghati, comandante de operações militares conjuntas do Iraque, disse à Reuters na quarta-feira que as forças pró-governo retomaram cerca de 70 por cento do leste de Mosul das mãos de militantes desde o início de uma ofensiva em 17 de outubro.
(Reportagem de Saif Hameed)
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))
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