Por David Alexander
WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca buscou negar nesta segunda-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tenha mudado de ideia sobre a retirada das tropas norte-americanas da Síria, um dia depois de um de seus assessores de segurança ter colocado condições para a saída que pode levar meses para acontecer.
No mês passado, Trump anunciou de repente que traria para casa cerca de 2 mil soldados na Síria, afirmando que as tropas cumpriram sua missão de derrotar o Estado Islâmico no país. O anúncio provocou preocupação em autoridades de Washington e em aliados, levando o então secretário de Defesa, Jim Mattis, a se demitir.
Nos últimos dias, membros do governo Trump tentaram reduzir o passo, afirmando que a retirada não deve ser rápida. O próprio presidente disse na semana passada que os EUA sairiam da Síria lentamente, “ao longo do tempo”.
“O presidente não mudou sua posição, uma vez que ele mencionou como sua meta principal garantir a segurança de nossas tropas e a segurança também de nossos aliados”, disse nesta segunda a porta-voz da Casa Branca, Mercedes Schlapp, ao canal de TV Fox News. “E assim sendo o Departamento de Defesa vai elaborar seu plano operacional para retirar nossas tropas com segurança.”
“Leva tempo para retirar as tropas porque queremos garantir que nossos soldados estejam seguros durante o processo”, disse ela.
No domingo, o assessor de segurança nacional da Casa Branca John Bolton acrescentou mais uma condição para a retirada dos EUA da Síria, afirmando que para isso a Turquia precisa concordar em proteger as forças curdas aliadas aos norte-americanos.