Por Susan Heavey e Lisa Lambert
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfrentou uma nova pressão de seus aliados republicanos no Congresso nesta quarta-feira devido a alegações de violência doméstica contra um ex-assessor presidencial, e parlamentares questionaram se o governo avaliou devidamente os ocupantes de cargos de alto escalão.
O deputado republicano Trey Gowdy, presidente do Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados, disse que estava investigando quando a Casa Branca soube de "informações potencialmente depreciativas e desabonadoras" sobre o ex-secretário de Pessoal Rob Porter.
Porter deixou a Casa Branca na semana passada, depois que duas ex-mulheres disseram ter sido agredidas por ele, que negou as acusações.
"A cronologia não é favorável para a Casa Branca", disse Gowdy à rede CNN. Já o republicano Paul Ryan, presidente da Câmara dos Deputados, disse que a Casa Branca deveria aprimorar seu processo seletivo.
"Se uma pessoa que cometeu violência doméstica entra no governo, então existe algo que não funciona no sistema", afirmou Ryan em uma coletiva de imprensa.
A saída de Porter despertou dúvidas sobre há quanto tempo funcionários graduados da Casa Branca, como o chefe de gabinete, John Kelly, sabiam das alegações e se foi um risco de segurança permitir que Porter trabalhasse na Casa Branca.
Porter estava trabalhando graças a uma liberação temporária, que lhe deu acesso a algumas informações confidenciais mesmo antes de uma liberação definitiva. A Casa Branca não deu uma explicação definitiva sobre quando funcionários de alto escalão ficaram sabendo dos problemas no histórico de Porter.
Segundo a Casa Branca, Kelly pediu a Porter que renunciasse quando se tornou "plenamente ciente" das acusações na quarta-feira passada, o mesmo dia em que o jornal Daily Mail publicou fotos mostrando uma das ex-mulheres de Porter com olho roxo.
A Casa Branca ainda estava trabalhando na liberação de segurança de Porter àquela altura, de acordo com a porta-voz Sarah Sanders.