Por Nandita Bose e Alexandra Alper
WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos quer impedir que as tensões entre Washington e Pequim, inflamadas pela visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, transbordem para um conflito, disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, nesta terça-feira.
Em uma entrevista coletiva, Kirby mencionou que a presidente da Câmara tinha o direito de visitar Taiwan nesta terça-feira, mas também sublinhou que a visita não representa uma violação da soberania chinesa ou da política de longa data dos EUA de “Uma China”.
“O que não queremos ver é que isso transborde para qualquer tipo de crise ou conflito”, disse Kirby a repórteres nesta terça. “Simplesmente não há motivo para amplificar isso”, acrescentou.
Pelosi chegou a Taiwan nesta terça em uma viagem que, segundo ela, mostra um compromisso norte-americano inabalável com a ilha autogovernada e reivindicada pelos chineses, mas a China condenou a visita de mais alto escalão dos EUA em 25 anos como uma ameaça à paz e à estabilidade no Estreito de Taiwan.
Aviões de guerra chineses zumbiram na linha que divide o Estreito de Taiwan antes da sua chegada, e o Exército chinês anunciou exercícios conjuntos por ar e por terra perto de Taiwan, começando na noite de terça-feira, e testes de mísseis convencionais no mar ao leste de Taiwan.
A agência de notícias estatal chinesa Xinhua descreveu exercícios com munições reais e outras atividades perto de Taiwan marcados para quinta-feira e domingo.
Kirby também disse que os EUA continuarão a operar nos mares e céus do Pacífico Ocidental.