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Casa Branca sugere "pausas" na guerra entre Israel e Hamas para retirada de civis

Publicado 02.11.2023, 19:39
Atualizado 02.11.2023, 19:40

Por Andrea Shalal

WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca disse nesta quinta-feira que está explorando uma série de pausas no conflito entre Israel e Hamas para ajudar as pessoas a saírem de Gaza com segurança e permitir a entrada de ajuda humanitária, mas reiterou sua oposição a um cessar-fogo total.

O porta-voz da segurança nacional, John Kirby, disse a jornalistas que essas pausas devem ser temporárias e localizadas, e insistiu que elas não impedirão Israel de se defender.

"O que estamos tentando fazer é explorar a ideia de tantas pausas quantas forem necessárias para continuar a levar ajuda e continuar a trabalhar para retirar as pessoas em segurança, incluindo os reféns", disse ele.

O presidente norte-americano, Joe Biden, falou na quarta-feira sobre a necessidade de uma pausa para dar tempo para a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas, mas descartou a possibilidade de um cessar-fogo total.

Seu colega democrata, o senador Dick Durbin, disse nesta quinta-feira à CNN que era hora de um cessar-fogo, enquanto a senadora Patty Murray, democrata que preside o Comitê de Apropriações do Senado, pediu uma pausa humanitária para permitir que a ajuda essencial chegue aos civis.

Especialistas das Nações Unidas também estão pedindo um cessar-fogo humanitário em Gaza, dizendo que o tempo está se esgotando para o povo palestino que se encontra em "grave risco de genocídio".

Quase quatro semanas de bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza mataram pelo menos 9.061 pessoas, a maioria mulheres e crianças, segundo as autoridades de saúde do enclave governado pelo Hamas.

Kirby disse aos repórteres que mais 55 caminhões de ajuda devem entrar em Gaza na quinta-feira, elevando o total para mais de 220, mas disse que o aumento da ajuda continua sendo uma das principais prioridades de Biden.

Ele disse que os Estados Unidos estavam conversando com Israel diariamente e pedindo que evitasse vítimas civis. Ele observou que os oficiais militares dos EUA viajaram para Israel para compartilhar as lições aprendidas em conflitos urbanos anteriores, mas desde então eles voltaram para casa, e Washington não estava ajudando Israel com seus alvos.

"Há coisas que você pode fazer a partir do solo que você não pode fazer a partir do ar, especialmente se você tiver uma boa inteligência", disse ele, sem entrar em detalhes.

"Estamos fazendo tudo o que podemos para trabalhar com nossos pares israelenses para tentar minimizar o risco de mortes de civis e danos colaterais", disse Kirby. "Estamos dando a eles as ferramentas, incluindo perspectiva e aconselhamento, mas também armas, para que possam conduzir essas operações da maneira mais eficiente possível e de forma a minimizar os danos aos civis."

Kirby disse que o escopo das operações de Israel mostrou que "eles estão se esforçando para tentar minimizar as baixas civis", acrescentando que ficou claro que algumas baixas ainda estavam ocorrendo.

Perguntado se os Estados Unidos seriam responsáveis por mortes de civis caso estivessem fornecendo tais armas, Kirby insistiu que Washington não estava "tomando decisões sobre alvos".

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