Por Nathan Layne e David Morgan
NOVA YORK/WASHINGTON (Reuters) - O número de pessoas que foram diagnosticadas com o novo coronavírus no Estado de Nova York dobrou para 22 nesta quinta-feira, após o aumento de testes, ao mesmo tempo em que o Estado do Tennessee e a cidade de San Francisco reportaram casos da doença pela primeira vez.
O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse em entrevista coletiva que os testes foram expandidos após o governo federal aprovar o uso de laboratórios adicionais, aumentando a capacidade. Cuomo disse que mais testes inevitavelmente identificariam mais casos.
"Esses números irão continuar subindo", disse Cuomo.
O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira um projeto de lei de 8,3 bilhões de dólares para combater a epidemia, um dia após a Câmara dos Deputados aprová-lo também com maioria esmagadora. O projeto será enviado para sanção do presidente Donald Trump.
Mais de 3 bilhões de dólares dos fundos aprovados serão dedicados à pesquisa e ao desenvolvimento de vacinas para o coronavírus, kits de teste e tratamentos. Não há no momento vacinas aprovadas ou tratamentos para doença que começou na China e já infectou mais de 95 mil pessoas em cerca de 80 países e territórios.
Dos novos casos em Nova York, oito são conectados de alguma maneira com um advogado de Manhattan que vive no Condado de Westchester e foi diagnosticado anteriormente com o vírus, dois dos infectados estão na cidade de Nova York, e um deles no Condado de Nassau, na mesma região.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse em entrevista coletiva que os novos casos em Nova York --um homem na casa dos 40 anos de idade e uma mulher na casa dos 80-- estavam adoecidos criticamente e sendo tratados em hospitais. Ambos tinham condições pré-existentes "substanciais", disse.
Nenhuma das pessoas havia visitado recentemente outros países afetados ou tinha qualquer conexão com outros casos confirmados, sugerindo que a cidade está passando por propagação local entre pessoas.
"Nosso nível de preocupação está crescendo, com certeza", afirmou de Blasio.