Por Nick Carey e Jim Young
FERGUSON, Estados Unidos (Reuters) - A polícia dos EUA buscava pelo segundo dia os suspeitos de balear dois policiais durante um protesto em Ferguson, no Estado norte-americano do Missouri, após o presidente dos Estados Unidos ter dito que os responsáveis tem que enfrentar a Justiça.
Os policiais ficaram feridos devido a tiros disparados quando a manifestação na cidade localizada nos arredores de St. Louis estava dispersando, por volta da meia-noite de quarta para quinta-feira, aumentando as tensões em uma comunidade que se tornou o centro de um debate nacional sobre a polícia e as questões raciais.
Os investigadores vasculharam ruas perto do local dos disparos em busca de pistas, e várias pessoas foram levadas para prestar depoimento. Todas foram liberadas mais tarde e não houve prisões, segundo a polícia.
Os tiros aconteceram poucas horas depois de o chefe de polícia de Ferguson se demitir devido a um relatório do Departamento de Justiça afirmando que o preconceito racial enraizado na força policial da cidade, em sua maioria formada por brancos, tinha criado um "ambiente tóxico" na comunidade predominantemente negra.
Os manifestantes de Ferguson vinha exigindo reformas na polícia. Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, disse que os protestos eram justos à luz dos eventos na cidade, mas disse que atos criminosos não poderiam ser justificados.
"O que estava acontecendo em Ferguson era opressivo e censurável, e era digno de protesto", disse ele durante uma aparição no programa da ABC "Jimmy Kimmel Live"."Mas não há desculpas para atos criminosos."