Por Nigam Prusty e Shilpa Jamkhandikar
NOVA DÉLHI/MUMBAI (Reuters) - Autoridades disseram que mais de 1.500 manifestantes foram presos na Índia nos últimos dez dias, resultado de violentos protestos que a polícia tenta controlar e que têm como alvo uma lei que, segundo alguns críticos, mina a Constituição secular do país.
Outras 4.000 pessoas foram detidas e posteriormente soltas, disseram autoridades.
Duas autoridades do governo, responsáveis pela segurança interna do país e que não quiseram se identificar, disseram que só foram presas as pessoas que recorreram à violência durante as manifestações.
Pelo menos 19 pessoas morreram em confrontos entre a polícia e manifestantes desde que o Parlamento aprovou a lei, em 11 de dezembro. Críticos dizem que a legislação discrimina os muçulmanos e ameaça a laicidade do Estado, por tornar a religião um critério para cidadania.
A lei tem como objetivo conceder cidadania a habitantes das minorias hindu, budista, cristã, siqui, jaina e parse que vieram do Afeganistão, Paquistão e Bangladesh, que têm maioria muçulmana. A pessoa precisa ter entrado na Índia até 31 de dezembro de 2014 para ter direito a pedir a cidadania.