Por Twinnie Siu e Jessie Pang
HONG KONG (Reuters) - Centenas de manifestantes pró-democracia mascarados marcharam pelo distrito comercial do centro de Hong Kong nesta sexta-feira, ocupando uma grande avenida e prejudicando o trânsito às vésperas de mais um final de semana de protestos.
Gritando suas principais exigências e denunciando o que vê como brutalidade policial, a multidão ocupou pacificamente as ruas do distrito comercial, que abriga alguns dos imóveis mais caros do mundo, e depois se dispersou.
A operadora do metrô da cidade abriu todas as estações de manhã pela primeira vez em uma semana antes de mais uma rodada de protestos antigoverno, e o Parlamento iniciou sua primeira sessão desde que os manifestantes invadiram o edifício em julho.
Parlamentares pró-establishment e democráticos gritaram uns com os outros antes do começo da sessão, sublinhando a tensão e as divisões em Hong Kong após quatro meses de protestos pró-democracia muitas vezes violentos.
Alguns parlamentares usaram máscaras negras ao se sentarem na câmara, e outros portaram cartazes dizendo: "A brutalidade policial ainda existe, como podemos fazer uma reunião?"
A líder de Hong Kong, Carrie Lam, proibiu o uso de máscaras uma semana atrás, invocando poderes emergenciais da era colonial.
O movimento pró-democracia teme que a China esteja reprimindo as liberdades do território. A China nega as acusações e diz que países estrangeiros, incluindo Reino Unido e Estados Unidos, estão fomentando os tumultos.