Por Jeffrey Heller
JERUSALÉM (Reuters) - Um presidente cético encarregou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de formar um novo governo nesta terça-feira, já que outra eleição inconclusiva aprofundou o impasse político do país.
O líder israelense mais longevo, que está no poder consecutivamente desde 2009, enfrenta o desafio duro de congregar aliados suficientes para uma coalizão de governo.
Pela lei, Netanyahu terá 28 dias para fazê-lo, com a possibilidade de uma prorrogação de duas semanas, antes de o presidente, Reuven Rivlin, escolher outro candidato ou pedir ao Parlamento que o faça. A continuação do impasse poderia resultar em uma nova eleição.
Ao anunciar a escolha de Netanyahu na televisão, Rivlin disseminou dúvidas sobre suas perspectivas de sucesso e sobre a possibilidade de qualquer outro candidato em potencial ser capaz de realizar a tarefa.
"Para minha grande tristeza, tenho a impressão de que nenhum dos candidatos, a esta altura, tem uma chance real de montar um governo, um que obteria um voto de confiança no Parlamento", disse Rivlin.
Na eleição de 23 de março, a quarta em dois anos, nem o bloco de direita e religioso liderado por Netanyahu, nem uma aliança possível de seus oponentes conseguiu uma maioria parlamentar.
Nas consultas que Rivlin realizou com partidos políticos na segunda-feira sobre a concessão de uma autoridade para a formação de uma coalizão, Netanyahu recebeu mais endossos do que seus desafiantes, mas sem chegar a obter uma maioria na legislatura.