NOVA YORK (Reuters) - O jornal semanal satírico Charlie Hebdo, alvo de um atentado de extremistas islâmicos no começo do ano, será homenageado nesta terça-feira num baile de gala em Nova York sob forte esquema de segurança, disseram organizadores.
A homenagem, do PEN American Center, acontece dois dias após dois homens armados terem atirado contra uma exibição, no Texas, de caricaturas do profeta Maomé, algo que os muçulmanos consideram ofensivo.
Desenhos do fundador do Islã também foram o cerne do ataque de janeiro contra a redação do Charlie Hebdo em Paris, um atentado que matou 12 pessoas. A unidade da Al Qaeda no Iêmen reivindicou responsabilidade pelo ataque, dizendo que o jornal havia insultado Maomé com seus desenhos.
A decisão do PEN de conceder o Prêmio de Coragem de Liberdade de Expressão ao Charlie Hebdo fez com que seis proeminentes escritores cancelassem sua participação no evento e que mais de 100 outros escrevessem uma carta de protesto, segundo a entidade.
O PEN é uma organização que defende escritores perseguidos por causa de seu trabalho.
Uma romancista que cancelou sua participação, Rachel Kushner, disse não estar confortável com a "intolerância cultural" da publicação francesa, informou o PEN.
(Reportagem de Ellen Wulfhorst)