Por Michelle Nichols
NOVA YORK (Reuters) - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, foi nomeado pela Assembleia-Geral de 193 membros para um segundo mandato de cinco anos.
"Darei tudo de mim para garantir o florescer da confiança entre nações grandes e pequenas, para erguer pontes e para interagir incansavelmente na construção da confiança", disse Guterres à Assembleia-Geral depois de fazer o juramento de posse.
No início deste mês, o Conselho de Segurança de 15 integrantes recomendou que a Assembleia-Geral renomeasse Guterres. Seu segundo mandato começa no dia 1º de janeiro de 2022.
Guterres sucedeu Ban Ki-moon em janeiro de 2017, poucas semanas antes de Donald Trump se tornar presidente dos Estados Unidos. Grande parte do primeiro mandato de Guterres foi dedicado a apaziguar Trump, que questionava o valor da ONU e do multilateralismo.
Os EUA são os maiores contribuintes financeiros da entidade, sendo responsáveis por 22% do orçamento regular e cerca de um quarto do orçamento das forças pacificadoras. O presidente Joe Biden, que tomou posse em janeiro, começou a anular os cortes de gastos feitos por Trump a agências da ONU e voltou a interagir com o organismo.
A embaixadora norte-americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que a entidade enfrenta desafios históricos, mas que torce para que, com Guterres no comando, "os próximos cinco anos vejam mais paz, mais segurança e mais prosperidade do que os últimos".
No cargo, Guterres tem sido um defensor do combate à mudança climática, das vacinas contra Covid-19 para todos e da cooperação digital.