Por Makini Brice e Andy Sullivan
WASHINGTON (Reuters) - O comissário em exercício da Agência Alfandegária e de Proteção de Fronteira dos Estados Unidos (CBP), John Sanders, pediu demissão e deixará o cargo no dia 5 de julho, informou a agência nesta terça-feira, uma medida que coincide com as polêmicas sobre o tratamento de crianças imigrantes detidas pela instituição.
A realocação de 250 crianças imigrantes de uma estação superlotada de patrulha na fronteira do Texas, onde eram mantidas por semanas em condições precárias, sem alimentação e água apropriadas, fez crescer as críticas de ativistas de direitos de migrantes e de membros do Partido Democrata à política linha-dura do presidente republicano, Donald Trump, em relação à imigração.
O jornal The New York Times antecipou a renúncia de Sanders, que lidera a agência desde abril, quando Trump reorganizou a administração das agências de imigração dos Estados Unidos sob a direção do Departamento de Segurança Doméstica.
Antes de assumir o comando da CBP, ele era o chefe de operações da agência e também havia sido o chefe de tecnologia da Administração de Segurança nos Transportes.
Tratar da onda crescente de imigrantes na fronteira dos EUA com o México foi uma prioridade para Trump, mas o presidente se mostrou incapaz de conseguir aprovar a maioria de seus objetivos no Congresso.