KANSAS CITY (Reuters) - O chefe de polícia de Ferguson, no Estado norte-americano do Missouri, renunciou ao cargo nesta quarta-feira como consequência de um duro relatório do Departamento de Justiça dos EUA, que concluiu sobre a existência de uma disseminada parcialidade racial na atuação do departamento policial e do tribunal municipal.
A renúncia do chefe Thomas Jackson, anunciada pela administração municipal em um breve comunicado, é a mais recente em uma série de saídas desde a divulgação das conclusões do inquérito do Departamento de Justiça, em 4 de março.
Manifestantes vinham pedindo pela demissão de Jackson desde que um policial branco de Ferguson matou a tiros um adolescente negro desarmado em 9 de agosto. A morte desencadeou protestos em cidades dos EUA e deu amplo destaque às reclamações sobre maus tratos da polícia em relação aos negros.
Um tribunal do júri resolveu não acusar Darren Wilson, o policial envolvido no incidente, pela morte, decisão que o inquérito federal manteve inalterada.
A saída de Jackson ocorre após o administrador de Ferguson, John Shaw, ter renunciado na terça-feira, assim como o juiz municipal Ronald Brockmeyer, que deixou o cargo na segunda.
Outros três funcionários do departamento policial e do tribunal municipal perderam seus empregos na semana passada em decorrência do relatório do Departamento de Justiça dos EUA.
(Reportagem de Carey Gillam)