Por Sui-Lee Wee
PEQUIM (Reuters) - A polícia chinesa deteve sete membros de uma igreja cristã por suspeita de crimes, incluindo fraude, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira pela mídia estatal e um dos seus advogados, depois que eles resistiram a uma ação do governo para retirar a cruz de seu templo.
A China, país comunista, garante oficialmente a liberdade de religião, embora as autoridades suspeitem, por vezes, de grupos religiosos. Os sete foram detidos na província de Zhejiang, que tem uma população cristã em expansão e onde os cristãos dizem que as autoridades têm removido cruzes das igrejas desde o ano passado.
A agência de notícias estatal Xinhua afirmou que os sete foram detidos por suspeita de acumular grandes quantidades de dinheiro na condução da igreja, desviar doações e instigar pessoas a perturbarem a ordem social.
"Com base em nossa compreensão atual da situação, essas acusações são falsas", disse Chen Jiangang, um advogado que representa um dos sete. "Se eles tivessem colaborado ativamente com a demolição da cruz da igreja, não haveria qualquer caso hoje."
Dois dos sete, Bao Guohua e sua mulher, Xing Wenxiang, que são pregadores na Igreja Cristã Amor Sagrado na cidade de Jinhua, foram levados pela polícia há duas semanas e ainda não puderam entrar em contato com seus advogados, o que constitui uma violação da lei, disse Chen.