PEQUIM (Reuters) - A China disse que os Estados Unidos devem se abster de "provocar problemas" ou tomar partido na questão do Mar do Sul da China, depois que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que um acordo de segurança com Manila se estendia a ataques à guarda costeira filipina.
Blinken classificou o compromisso de segurança dos EUA com as Filipinas como "rígido" e disse que as ações da China no Mar do Sul da China provocaram uma reação internacional mais ampla.
A embaixada chinesa nas Filipinas afirmou em um comunicado na quarta-feira que as atividades chinesas no Mar do Sul da China são "legítimas e legais", acrescentando que as falas de Blinken "ignoram os fatos e acusam a China sem fundamento".
Também disse que Blinken novamente "ameaçou a China com as chamadas obrigações do Tratado de Defesa Mútua entre os EUA e as Filipinas", às quais a China se opôs firmemente.
Filipinas e Estados Unidos estão vinculados por um Tratado de Defesa Mútua de 1951, pelo qual devem se apoiar mutuamente em caso de ataque. No ano passado, o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., pressionou Washington a deixar clara a extensão desse compromisso de segurança.
Na terça-feira, Blinken disse que o acordo se estendia a ataques armados contra as Forças Armadas das Filipinas, embarcações e aeronaves públicas e sua guarda costeira.
A China disse que os Estados Unidos ameaçam a paz e a estabilidade no Mar do Sul da China, não são parte das questões lá e não têm o direito de intervir em questões marítimas entre ela e as Filipinas.
(Reportagem de Liz Lee, Bernard Orr e Redação de Xangai)